O setor imobiliário foi profundamente afetado pelos efeitos da pandemia. O desemprego elevado fez com que muitos brasileiros não conseguissem manter o pagamento dos aluguéis residenciais já que o IGP-M, índice mais utilizado nesses contratos, teve alta inesperada criando grande desequilíbrio nas relações contratuais o que exigiu muita negociação e bom senso de proprietários e inquilinos.
Para quem não sabia ainda, o índice de variação de aluguéis residenciais (IVAR) lançado pela FGV, é o mais novo indicador para reajustes nos contratos de locação imobiliária.
Recém lançado, em 11/01/2022, o IVAR representa uma inovação nas estatísticas públicas, uma vez que o novo indicador será calculado utilizando dados coletados diretamente dos contratos assinados entre locadores e locatários das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, e daí extrai uma média ponderada dos valores.
Por hora, são essas as cidades que estão sendo utilizadas como parâmetro para cálculo do índice, mas a FGV pretende catalogar mais 12 cidades para que o índice reflita, de fato, a realidade do nosso mercado.
O IVAR/FGV terá divulgação mensal, em sua primeira divulgação (dezembro 2021) fechou com queda de – 0,61%, agora é acompanhar a próxima divulgação que ocorrerá em 10 de fevereiro de 2022.
Assim, agora você locador ou locatário continua com a liberdade da Lei do inquilinato, tanto para a definição do valor do aluguel, quanto para a definição de como se dará o reajuste desse aluguel ao longo dos anos. Fato é que o novo índice traz luz para o mercado imobiliário, já que agora as partes poderão utilizar um indicador que foi criado especificamente para as relações locacionais.
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